quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Evangelização - Por Fabrício Cunha


Sempre que ouvimos essa palavra, somos remetidos à dinâmicas que tenham a ver com estratégias que visem trazer mais pessoas para nossa igreja, tais como impactos de rua, entrega de folhetos, cultos evangelísticos. Precisamos dar um jeito de trazer a pessoa ao nosso “ambiente de fé” para que ela tenha a chance de conhecer a Cristo naquele momento estratégico, mas curto. Quando o resultado de tal prática é uma decisão por Cristo, um uma mão levantada à partir do convite para se “aceitar Jesus”, nos sentimos bem sucedidos, pois máxima que rege tal iniciativa é a de levarmos pessoas a Cristo, “ganhando” sua alma para Ele.
Ouvi uma história de um amigo, que mudou muito minha perspectiva do que seja evangelização. Seu nome é Pedro. Ele foi fundador da base da JOCUM (Jovens com uma missão) no Morro do Borel, Rio de Janeiro, onde trabalhou por 18 anos. Ele era membro de uma igreja de classe média na época em que estourou a febre das viagens para Israel. Num dos domingos onde o pastor de sua igreja convocou os membros para uma dessas viagens, Pedro voltou frustrado para casa. Sabia que seria impossível para ele fazer parte do grupo. Acordou na segunda com aquilo ainda na cabeça. Saiu de sua casa no Borel, sentou-se numa escadinha, olhou para o topo do morro, onde, até hoje, tem uma cruz de madeira, e orou: “Jesus, será que um dia terei o privilégio de andar nas terras onde o senhor andou?” Assim que terminou de orar, ouviu Jesus falando com ele: “Pedro, privilégio maior do que andar nas terras onde eu andei, é me fazer andar em terras onde eu nunca andei, através de sua vida.”
Evangelização não é ganhar almas para Cristo.
Evangelização é ser Cristo para as pessoas.