tag:blogger.com,1999:blog-30927399192839919152024-03-20T15:56:22.268-07:00Intermitências de VidaLocal para minhas inquietações ou com as quais comungo.Tentativa de ordenar pensamentos vagos e lampejos de sobriedade.Desejo de ver Deus, a vida e o mundo sem repetição de fórmulas prontas.Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-12423662093942050072012-06-07T06:07:00.000-07:002012-06-07T06:16:57.511-07:00Evangelho ou Cultura?<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaQComVRjMvmy_M0-J8nA1JY5_oQAud6PJt_2-F_b8DAoVsHGZb7esOi5dHcmx2OL2-CnVjQ9ROgVUgNSO8brejoT-VLUoZRSMEStAad-SYPi0aP4PlX63c_cjS-3fYVn5I2hMrHsaX-yE/s1600/termas+romanas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaQComVRjMvmy_M0-J8nA1JY5_oQAud6PJt_2-F_b8DAoVsHGZb7esOi5dHcmx2OL2-CnVjQ9ROgVUgNSO8brejoT-VLUoZRSMEStAad-SYPi0aP4PlX63c_cjS-3fYVn5I2hMrHsaX-yE/s1600/termas+romanas.jpg" /></a>O banho, por exemplo. Ele gozou de grande prestígio entre as civilizações antigas e estava associado ao prazer: vide as termas romanas. Durante o império, os banhos públicos multiplicaram-se e muitos se tornaram locais de prostituição. Eram os chamados "banhos bordéis", onde as "filhas do banho" ofereciam seus serviços. Os primeiros cristãos, indignados com a má frequentação, consideravam que uma mulher que fosse aos banhos poderiam ser repudiada. O código de justiniano deu respaldo a ação. Concílio após concílio, tentava-se acabar com eles. Proibido aos religiosos, sobretudo quando jovens, abster-se de banho se tornou sinônimo de santidade. Santa Agnes privou-se deles toda a vida. Ordens monásticas os proibiam aos seus monges. O batismo cristão, antes uma cerimônia comunitária de imersão, transformou-se numa simples aspersão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Retirado do Livro "Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil", de Mary Del Priore</div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-70759770898086561802012-05-20T13:33:00.000-07:002012-05-21T07:40:33.762-07:00Do Lado da Justiça, do lado de Deus<br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeBvvJ64RsPP3oX2C3vO7wicO0FhS3fmPfj2NKD8gcAJKjznQPYH_0-j7xqTxRt4sWkGwItdl7BOD7yMjKfHYzQaEa1G5VIyiqjDdcbugrY4MJCaJeNCUAzmBlypbVsQGZehSV4PGg5UV/s1600/justica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeBvvJ64RsPP3oX2C3vO7wicO0FhS3fmPfj2NKD8gcAJKjznQPYH_0-j7xqTxRt4sWkGwItdl7BOD7yMjKfHYzQaEa1G5VIyiqjDdcbugrY4MJCaJeNCUAzmBlypbVsQGZehSV4PGg5UV/s320/justica.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Há uma história muito conhecida de todos que na maioria das vezes tomamos para demonstrar a grande sabedoria que provinha de Deus para fazer justiça: O rei-juiz Salomão e o caso das duas prostitutas mães de uma criança<sup style="line-height: 17px;">1</sup>. E realmente é de grandiosa sabedoria, inclusive para dias tão conturbados como os nossos.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">As querelantes eram duas prostitutas vivendo em um “Estado Teocrático”. Em Israel as transgressões de leis morais condenavam seu agente infrator à marginalidade, se não a penas capitais, como no caso de adultério. Além disso, o próprio juiz da causa em seus escritos sapienciais faz recomendações a evitarem-se relacionamentos íntimos com qualquer uma que vivesse dessa forma.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">O método encontrado por Salomão para descobrir quem era a verdadeira mãe - pois não havia testemunhas do ocorrido, muito menos programa do Ratinho para verificação de DNA - foi a famosa intenção de dividir a criança ao meio e dar metade a cada uma. A que verdadeiramente não era mãe preferiu ver a morte do infante que vê-lo nos braços da outra; a que de fato era a genitora da criança, tomada por um amor materno abdicou de criá-la para mantê-la viva. Assim, o amor à vida da criança assinalou quem era a verdadeira mãe.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Apesar de suas convicções, Salomão não as nega o acesso à justiça. Independente do modo de vida destas mulheres, o rei julga o caso buscando trazer solução justa para tal conflito. E para isto, não se exigiu das mulheres, dali em diante, um voto de total obediência ao Deus de Israel. A conversão ao judaísmo não era pré-requisito para se obter justiça.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Desta forma, não tenho o direito de querer que os outros vivam de acordo com minhas crenças, assim como não quero que ninguém me imponha a sua fé e exija uma postura coerente com ela. Não posso negar a uma pessoa o direito que lhe é devido, simplesmente porque minhas convicções vão de encontro a seu determinado modo de vida. Salomão vivendo em um Estado Teocrático, não catequizou as mulheres ao judaísmo; imagine nós, em um Estado democrático de direito que nos garante a liberdade de pensamento e crença.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 15pt;">Em nome de crenças e opiniões alguns não se importam com a “morte de crianças”, desde que o outro não tenha satisfeito o seu pedido mais que legítimo, porém incompatível com a fé daqueles.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 15pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 15pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 15pt;">O importante é manter-se no seu mundo seguro, sem supostas ameaças dos que não comungam das mesmas ideias. Nega-se o direito, mesmo que isso signifique tolher a existência digna do outro. Na melhor das hipóteses, buscam uma alternativa política</span><sup style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 17px;">2</sup><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 15pt;">, dividem a criança ao meio, na tentativa de agradar a todos.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Acima de sentimentos mesquinhos e injustos que buscam a prevalência de opiniões e crenças, a vida se encontra. Aliás, é a dignidade da pessoa humana, independente do modo de viver adotado por ela, que tem preponderância quando se trata de fazer justiça.</span></div>
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"></span><br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"></span><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 17px;"></span><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 17px;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 17px;">
</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"></span><br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12.75pt; margin-bottom: 1.35em;">
<span style="font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 10pt;">1. </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt;">1 Rs 3.16-28</span><span style="font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 10pt;"></span></div>
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"></span><br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15pt; margin-bottom: 1.35em;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 17px;">2. Não se enganem, política é a arte de tentar agradar a todos.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"> </span>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: 19px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-15839272317146961982012-05-18T08:01:00.000-07:002012-05-18T08:01:42.714-07:00O Último Cristão<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvD_jtIPV123NjCS1xhdOStVZ90Bq0uzK7_eb96ryAaUq-4AH3TstTver3F7uzDLtHtnAWS7wgUiTN9CpBtvd05P_2xHkSlYAoVynXYqAFDgcbASRrWXHOIUXC5lTWWA6zIhTv8k7EN4cQ/s1600/conversao1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvD_jtIPV123NjCS1xhdOStVZ90Bq0uzK7_eb96ryAaUq-4AH3TstTver3F7uzDLtHtnAWS7wgUiTN9CpBtvd05P_2xHkSlYAoVynXYqAFDgcbASRrWXHOIUXC5lTWWA6zIhTv8k7EN4cQ/s320/conversao1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A questão é simples. A bíblia é
muito fácil de entender. Mas nós, cristãos, somos um bando de vigaristas
trapaceiros. Fingimos que não somos capazes de entendê-la porque sabemos muito
bem que no minuto em que compreendermos estaremos obrigados a agir em
conformidade. Tome qualquer palavra do Novo Testamento e esqueça tudo a não ser
o seu comprometimento de agir em conformidade com ela. “Meu Deus”, dirá você, “
se eu fizer isso minha vida estará arruinada. Como vou progredir na vida”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqui jáz o verdadeiro lugar da
erudição cristã. A erudição cristã é a prodigiosa invenção da igreja para
defender-se da Bíblia; para assegurar que continuemos sendo bons cristãos sem
que a Bíblia chegue perto demais. Ah, erudição sem preço! O que seria de nós
sem você! Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. De fato, já é coisa
terrível estar sozinho com o novo testamento.<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Soren Kierkegaard<o:p></o:p></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-63583989070497066782012-05-13T14:13:00.000-07:002012-05-13T14:13:27.370-07:00Arte, Catolicismo e Protestantismo Brasileiro.<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-size: 21px; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O protestantismo brasileiro é,
antes de tudo, anticatólico. E, estou certo, existem razões que o condicionaram
em nossas terras, ao contrário de, por exemplo, na América do Norte. Mas, por ora,
a análise de tais condicionantes foge ao nosso objetivo para esse texto. O que
nos interessa aqui são as implicações de tal oposição, ou, sendo mais exato, a
implicação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A rejeição de parte da cultura
brasileira e, principalmente, das artes vai ser esse traço marcante no
protestantismo, já que, aqui e acolá, essa arte vai estar carregada da
religiosidade dominante no povo brasileiro. E, como sabemos, o catolicismo
romano dita a cosmovisão preponderante. Logo, apreciar essas expressões
artísticas não condiz com a vida de uma “nova criatura”<i> </i>convertida ao protestantismo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A arte sempre foi vista com desconfiança
pelos evangélicos<sup>1</sup>, quando não totalmente ignorada como campo de atuação
da igreja e muitas vezes tratada como futilidade que levava a distrações
inúteis. Valorizar uma obra de arte oriunda de um meio não protestante era e
ainda é, para muitos, ato impensável. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, pouco a pouco, vem se desvelando a
importância de atentar para estas manifestações culturais, pois elas transmitem
as impressões da alma (vida) humana, no nosso caso específico, alma brasileira.
Dar de ombros a esta importante dimensão humana é mitigar a grande comissão<sup>2</sup>.
Afinal, o “todo mundo” inclui também o “mundo das artes”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesse contexto, é significativa e
exemplificativa a letra da música <i>Súplica
Cearense</i>, de autoria de Gordurinha, pois ela expressa a religiosidade
sertaneja e a compreensão que o homem do sertão faz de Deus e sua relação com Ele,
vejamos:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Oh! Deus perdoe este
pobre coitado<br />
Que de joelhos rezou um bocado<br />
Pedindo pra chuva cair sem parar<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Oh! Deus será que o
senhor se zangou<br />
E só por isso o sol arretirou<br />
Fazendo cair toda a chuva que há<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Senhor, eu pedi para
o sol se esconder um tiquinho<br />
Pedir pra chover, mas chover de mansinho<br />
Pra ver se nascia uma planta no chão<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Oh! Deus, se eu não
rezei direito o Senhor me perdoe,<br />
Eu acho que a culpa foi<br />
Desse pobre que nem sabe fazer oração<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Meu Deus, perdoe eu
encher os meus olhos de água<br />
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa<br />
Pro sol inclemente se arretirar<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Desculpe eu pedir a
toda hora pra chegar o inverno<br />
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno<br />
Que sempre queimou o meu Ceará<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A música pinta a imagem de um deus
Inclemente, desproporcional, melindroso e indiferente ao sofrimento humano. E esse deus é produto de uma mensagem
certamente transmitida ao autor pela religião dominante no Brasil, ou seja, o
catolicismo romano. Entretanto, ironicamente, a pretensa distância buscada pelo
protestantismo é encurtada quando constatamos que essa mesma imagem de deus não
lhe é estranha. A teologia protestante, por vezes, tem corroborado com esse
deus que mais parece com uma projeção mal acabada do homem na divindade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando atentamos para nossas
manifestações artísticas percebemos de que forma somos afetados e afetamos com
nossa espiritualidade a cultura em que estamos inseridos. Entende-las nos dá
meios de nos orientarmos nesse processo de reconciliação, através de Cristo,
com todo o mundo. Não importa quem foi o autor da obra, se católico ou
protestante, mas qual a mensagem que ela nos transmite. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/nA8RLYW-dvU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1.Nesse texto uso como sinônimo os termos protestante e evangélico. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. Mc.16.15 </div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-52769254007104516322012-05-02T18:34:00.000-07:002012-05-14T18:51:36.194-07:00Tenho fé em Cristo, logo existo.<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Fé em geral tem sido associada ao anti- intelectualismo, obscurantismo ou outras expressões quaisquer que
signifiquem a supressão do pensar. As comunidades religiosas têm sido excluídas dos
debates sociais relevantes, pois existe um preconceito, talvez até impregnado
no inconsciente coletivo, graças ao poder da mídia de massa, que qualquer voz
que venha do meio religioso carece de plausibilidade. O meio acadêmico tem sido
um ambiente belicoso para aqueles que professam qualquer tipo de fé. Existem
inclusive cursos de “ateologia” sendo ministrados pela Europa, como os de
Michel Onfray, uns dos sacerdotes do neo-ateísmo. Em uma sociedade calcada na
máxima de René Descartes : Penso, logo existe. A fé foi colocada à margem e considerada
sinônimo de pensamento retrógrado e retratada como símbolo de uma época de
trevas na história humana.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, a fé cristã encontrou
paladinos que desbravaram terras inóspitas com o objetivo de reconciliar o
pensar e a fé. Dentre eles está o reverendo D. Martyn Lloyd-Jones, homem que
renunciou a carreira de cardiologista para se tornar um pregador da Palavra de
Deus. Em seu livro, Estudos no Sermão do Monte, Dr Lloyd-Jones comenta o seguinte versículo:<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">"Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é
lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" Mt 6.30
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De forma surpreendente eles nos presenteia com estas palavras:<o:p></o:p></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGGvwAcLGPfTdgPxH_j1rqaKJPebIkFe4XHuPDxQJMnbzxzS3pEKTjiQxnAWE_QDKnfeGyqviWR7tBM0MSOvO1m4IlJuc1wxdDxcCI2cqYtJZ7unBwp3YqgjtuRWd5Hh9D1P7TJJ3TVL6c/s1600/pensar-viver-melhor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGGvwAcLGPfTdgPxH_j1rqaKJPebIkFe4XHuPDxQJMnbzxzS3pEKTjiQxnAWE_QDKnfeGyqviWR7tBM0MSOvO1m4IlJuc1wxdDxcCI2cqYtJZ7unBwp3YqgjtuRWd5Hh9D1P7TJJ3TVL6c/s320/pensar-viver-melhor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A fé, de acordo com o
ensinamento do nosso Senhor neste parágrafo, é basicamente o ato de pensar, e
todo problema de quem tem uma fé pequena é não pensar. A pessoa permite que as
circunstâncias lhe oprimam... temos de dedicar mais tempo ao estudo das lições
de nosso Senhor sobre a observação e dedução. A bíblia está repleta de lógica,
e de forma alguma devemos pensar que a fé seja algo meramente místico. Nós não
sentamos simplesmente numa poltrona, permanecendo à espera que coisas
maravilhosas nos aconteçam. Isso não é fé cristã. A fé cristã é, em sua
essência, o ato de pensar. Olhem para os pássaros, pensem neles, e façam suas
deduções. Vejam os campos, vejam os lírios silvestres, considerem essas
coisas... A fé, se quiserem, pode ser definida assim: É insistir em pensar
quando tudo parece está determinado a nos oprimir e a nos pôr por terra,
intelectualmente falando. O problema com as pessoas de pequena fé é que elas,
ao invés de controlarem seus próprios pensamentos, os seus pensamentos é que
são controlados por algumas circunstâncias e, como se diz, elas passam a rodar
em círculos. Isso é a essência da preocupação... Isso não é pensamento; isso é
ausência completa de pensamento, é não pensar.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa aparente incoerência entre
Pensar e Fé é superada quando levamos todos os nossos pensamentos cativos a
Deus.Tentar isolar em instâncias separadas as dimensões da fé e do pensar só interessa aqueles que voluntariamente rejeitaram o Senhor e amaram mais a criatura que o criador.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Portanto, como cristão devo conciliar a máxima “penso, logo existo” com tenho fé em
Cristo, logo existo. Elas não são auto-excludentes. <o:p></o:p></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-68274540734362023892012-04-30T06:28:00.000-07:002012-05-14T18:51:00.194-07:00O Céu são os outros<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkPVnLZULW39o9wNBOZxu47WJD02Xt_iHl8ydMNIW5VxzFROPvhrFPS21H65CJ3xJYnb4DsOXtAfO-yvLIgEzUQKXm1BOBjUhjU2QR8RGaCtveReeKrbI-X-xdrI68byeGyyPMlBIZpM5-/s1600/amigos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkPVnLZULW39o9wNBOZxu47WJD02Xt_iHl8ydMNIW5VxzFROPvhrFPS21H65CJ3xJYnb4DsOXtAfO-yvLIgEzUQKXm1BOBjUhjU2QR8RGaCtveReeKrbI-X-xdrI68byeGyyPMlBIZpM5-/s1600/amigos.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
A fé cristã é essencialmente
comunitária. Ela se realiza dentro deste espaço de encontros com os outros. É
muito interessante notar que, desde o início do seu ministério, Jesus deixa
claro que o seu Reino não é de uma pessoa só, ou mesmo de várias pessoas isoladas cada
uma em sua tribo, feudo ou província.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No transcorrer dos três anos, um
dos espaços mais simbólicos desta comunidade que vem do céu pra terra é a mesa.
Não como utilizavam os romanos que de gostarem tanto de comer, provocavam o
vômito para continuarem a se fartarem. Faziam deste “lugar momento” uma arena
contra Deus, onde se acentuava as intrigas, disputas, glutonarias, em fim, um
lugar profano. Em total oposição, a mesa para fé cristã é espaço de
compartilhamento (com +pão), de intimidade, de solidariedade e amizade. É um
lugar onde o sagrado senta-se e dá de comer as que se aproximam, sustentando a
vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após a ressureição de Cristo suas
aparições quase que não se deram a indivíduos isolados, mas sempre a grupos no
mínimo de duas pessoas, como os discípulos no caminho de Emaús; às mulheres no
sepulcro, a Pedro e João também no mesmo local, aos discípulos receosos em um
cenáculo às portas fechadas, aos que retomaram suas rotinas de pesca etc. A
descida do Espírito Santo foi essa profusão de comunhão sob um grupo
esperançoso em receber “o companheiro” para caminhada cristã, o consolador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qualquer tentativa de viver esta
fé pelo isolamento voluntário, evitando os embates da vida em comunidade, os
conflitos com os diferentes, a convivência com opiniões e mundos diversos,
comprometerá a sua essência. Por isso um ermitão cristão é um paradoxo. Eu não
me isolo para encontrar Deus, ao contrário, eu me ajunto com os outros para
assim poder encontra-lo. Não quero negar a necessidade que todo cristão tem de
tempos em tempos se isolar da agitação rotineira para ficar sozinho com Deus. É
a chamada solitude. Disciplina cristã por demais esquecida de todos nós. Porém,
esse afastar-se é temporário, mas contínuo como deve ser toda disciplina. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entretanto o outro não é esse ser
maravilhoso, de fácil convívio, romântico, um verdadeiro bom selvagem. Sartre
talvez tenha razão quando diz que o inferno são os outros, se olharmos para os
reinos da terra. Reino onde o outro é apenas um meio para determinados fins, e
que a partir do momento que ele deixa de ser esse meio, descarta-se na primeira
lata de lixo humano – desprezo. Todavia, na espiritualidade cristã o encontro
(conhecer) com o divino exige imprescindivelmente a presença do outro, pois
quem faz do outro o seu fim e não o meio está fazendo a Cristo como alvo final.
E neste sentido, no reino de Deus o céu são os outros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
.
<o:p></o:p></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-67443732654860638482012-04-25T12:58:00.000-07:002012-04-25T13:04:40.565-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbCBkIIlTf8-DrenZ3anvSxhoyu5OdcsL6TPQqJgl4Fl-FcWxRTwyrjMYgpSj7VDs5c2PX90N_zvqrqJSnch3RCMtQ4ib2QFt0r2nUJdhAw3w7hN1zArg7fVaQ4nQ2ILBOSTBw4C_Q55XR/s1600/1177438-250x250.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbCBkIIlTf8-DrenZ3anvSxhoyu5OdcsL6TPQqJgl4Fl-FcWxRTwyrjMYgpSj7VDs5c2PX90N_zvqrqJSnch3RCMtQ4ib2QFt0r2nUJdhAw3w7hN1zArg7fVaQ4nQ2ILBOSTBw4C_Q55XR/s1600/1177438-250x250.png" /></a></div>
Ontem de forma voraz, li Guia Politicamente Incorreto da Filosofia de Luiz Filipe Pondé. Leitura desconcertante que coloca em xeque várias premissas pelas quais se portam a maior parte do povo. Você pode até discordar de seus posicionamentos só não pode permanecer indiferente " a praga" do Politicamente Correto. No mínimo você tem que elaborar uma melhor resposta para o modo como vê este momento atual da humanidade.<br />
O que salta das páginas são ideias que vão de encontro ao que é reverenciado nas universidades, pela mídia, pelo homem médio e consequentemente toda a sociedade de massa.Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-86601142430304022632012-04-24T08:51:00.000-07:002012-05-14T18:50:30.082-07:00Os Ungidos de Deus<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg3iBxf_AFBJ9c1RxM3Jz4bL6RC_KN-WSX0JyUZlFMtp9q7CqRTGwQ8WK58cT6LuCIiOZB6zNo_v8kJPvsyWHEPnQIhYGYPcq_pkc51RQ4d0wpXkTXzywJmslXV6F2z0rfbjCD8gyH8G2u/s1600/ungidos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg3iBxf_AFBJ9c1RxM3Jz4bL6RC_KN-WSX0JyUZlFMtp9q7CqRTGwQ8WK58cT6LuCIiOZB6zNo_v8kJPvsyWHEPnQIhYGYPcq_pkc51RQ4d0wpXkTXzywJmslXV6F2z0rfbjCD8gyH8G2u/s1600/ungidos.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A manipulação das pessoas é uma
velha prática já conhecida de quase todos os povos em quase todas as épocas. E provavelmente, não há um
meio mais eficaz para atingir tal intento do que a utilização da religião . A religião vai lidar com o mistério do
sagrado, sua função é aproximar um mundo invisível, governado por um ser todo
poderoso, deste mundo tangível de seres mortais e dependentes da misericórdia
divina para usufruírem uma vida tranquila, principalmente uma vida pós- morte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo, neste cenário, adquire
grande importância a figura dos sacerdotes que vão servir de mediadores, ou
muitas vezes, de verdadeiros representantes de Deus na terra. São eles que
recebem em primeira mão as ordenanças divinas; eles são os privilegiados
instrumentos humanos de Deus; eles detêm um conhecimento que nenhum outro
possui. Uma das implicações mais óbvias destes fatos é o destaque desta classe
em relação aos demais indivíduos. Também vai ser de fácil dedução que estes
venham querer preservar seu <i>status quo</i>,
como é comum a todas as classes privilegiadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, o advento do Reino de Deus
aqui na terra inaugurado por Cristo, subverte essa ordem e cria uma comunidade
de iguais, onde quem se considera grande, adulto, está fora deste reino. Neste
Reino não há mais espaços para mistérios, pois o maior mistério que estava
oculto desde todos os séculos, agora foi manifesto: Jesus Cristo. Não há mais
intermediadores entre Deus e os homens, pois Ele é o único mediador. Não se
conhece mais Deus pela boca de um sacerdote que detinha o monopólio da
divindade, mas se entregando a esse Jesus que é a plenitude da divindade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por isso fico estarrecido quando
ainda hoje vejo no meio cristão, líderes fazendo uso de mecanismos de
autopreservação alegando possuir uma unção que lhe confere primazia sobre os
demais. Para isso, importam um texto do velho testamento e reclama para si a
unção do rei destituído Saul sobre suas vidas, utilizando-se da conhecida e
desgastada expressão: “não toques no ungido de Deus.” Cometem assim uma violência
contra o texto bíblico caindo naquela máxima da hermenêutica: “Quem ler o
texto, fora do contexto cria um pretexto para heresias”. O texto em destaque é
a negativa de Davi aos seus soldados para não matar Saul o qual tentava dar
cabo se sua vida. Interessante notar que aqueles que requerem para sí a unção
de Saul, fazem vistas grossas sobre a sua possessão demoníaca e seu intento
assassino contra o homem chamado “segundo o coração de Deus”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No velho Testamento a unção de
Deus, que de forma bem simples significa possuir o Espírito de Deus, sobrevinha
sobre poucas pessoas, isto é, reis, sacerdotes e profetas para desempenharem
funções especiais dentro da sociedade judaica. E é dentro desta mesma sociedade que o ungido profeta Joel vaticina acerca dos
dias que, indistintamente, homens, mulheres, jovens seriam cheios do Espírito Santo de Deus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<span style="text-align: justify;">Tal profecia veio a se concretizar
no dia de pentecostes quando Pedro em seu discurso arrebatador esclareceu para
a turba atônita a confusão que estava acontecendo relembrando as palavras do
profeta Joel:</span> <span style="text-align: justify;"> “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, </span><i style="text-align: justify;">Que do meu Espírito derramarei
sobre toda a carne</i><span style="text-align: justify;"> (grifo nosso); E os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito
derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e
profetizarão; Atos 2.17-18</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal">
A questão que se coloca para nós,
então, não é de ir contra ou não a vida dos chamados “ungidos do Senhor” da
atualidade, mas realmente não atentar contra a vida de nenhum dos “ungidos de
Deus”, o que para nós não se resume, apenas, a uma casta de privilegiados, mas
de todos aqueles que fazem parte da comunidade do Reino de Deus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Portanto, não pairam dúvidas:
todos aqueles que usam de terrorismo psicológico para salvaguardarem suas posições,
com a clara intenção de não serem questionados, só demonstram desconhecer o Es<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3092739919283991915" name="_GoBack"></a>pírito de Deus.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-29763757744845261472010-09-08T14:22:00.000-07:002010-09-08T14:22:47.645-07:00Evangelização - Por Fabrício Cunha<span class="Apple-style-span" style="color: #575757; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="line-height: 15px; margin-bottom: 14px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Sempre que ouvimos essa palavra, somos remetidos à dinâmicas que tenham a ver com estratégias que visem trazer mais pessoas para nossa igreja, tais como impactos de rua, entrega de folhetos, cultos evangelísticos. Precisamos dar um jeito de trazer a pessoa ao nosso “ambiente de fé” para que ela tenha a chance de conhecer a Cristo naquele momento estratégico, mas curto. Quando o resultado de tal prática é uma decisão por Cristo, um uma mão levantada à partir do convite para se “aceitar Jesus”, nos sentimos bem sucedidos, pois máxima que rege tal iniciativa é a de levarmos pessoas a Cristo, “ganhando” sua alma para Ele.</div><div style="line-height: 15px; margin-bottom: 14px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Ouvi uma história de um amigo, que mudou muito minha perspectiva do que seja evangelização. Seu nome é Pedro. Ele foi fundador da base da JOCUM (Jovens com uma missão) no Morro do Borel, Rio de Janeiro, onde trabalhou por 18 anos. Ele era membro de uma igreja de classe média na época em que estourou a febre das viagens para Israel. Num dos domingos onde o pastor de sua igreja convocou os membros para uma dessas viagens, Pedro voltou frustrado para casa. Sabia que seria impossível para ele fazer parte do grupo. Acordou na segunda com aquilo ainda na cabeça. Saiu de sua casa no Borel, sentou-se numa escadinha, olhou para o topo do morro, onde, até hoje, tem uma cruz de madeira, e orou: “Jesus, será que um dia terei o privilégio de andar nas terras onde o senhor andou?” Assim que terminou de orar, ouviu Jesus falando com ele: “Pedro, privilégio maior do que andar nas terras onde eu andei, é me fazer andar em terras onde eu nunca andei, através de sua vida.”</div><div style="line-height: 15px; margin-bottom: 14px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Evangelização não é ganhar almas para Cristo.</div><div style="line-height: 15px; margin-bottom: 14px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Evangelização é ser Cristo para as pessoas.</div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-30525468367445548352010-08-17T08:38:00.001-07:002010-08-17T08:38:59.213-07:00Como Lidar com a Pornografia<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CVzSy7Nehqo?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/CVzSy7Nehqo?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-57855957618506024062010-08-17T05:36:00.000-07:002010-08-17T05:36:33.289-07:00Porque Zombam?<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br />
</span></span> <br />
<div class="MsoNormal">Conta-se que um grego que percorria a região da Cítia (atual Azerbaijão) era zombado por todos, pois dizia: “Senhores citas deveis respeitar-me, sou da terra de Platão.” Um cita respondeu-lhe: “ Fala como Platão, se queres que te escutem.” </div><div class="MsoNormal">Talvez o mesmo aconteça com os cristãos. Querem ser ouvido, pois são da terra de Jesus – conhecem Cristo, tem a Bíblia, vão para o céu etc. Porém não falam como Ele falou - Estavam espantados com o seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Mc 1.22 </div><div class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Fala como Jesus, se queres que te escutem. Diz o mundo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-14400740759238532572010-08-06T08:07:00.000-07:002010-08-06T08:07:19.318-07:00Crer também é Pensar - roubei de Paulo Brabo, que roubou de Gregory A. Boyd - cem anos de perdão!<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 16.9pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; font-variant: small-caps; letter-spacing: 1.25pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Uma Beleza Que Revolta<o:p></o:p></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="mso-line-height-alt: 6.9pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><i><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 7pt;">Fermentado por</span></i><span style="font-size: 7pt;"> </span><span style="font-size: 7pt;"> </span><span style="font-size: 7pt;"> </span><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 7pt; letter-spacing: 1.9pt; text-transform: uppercase;">PAULO BRAB0</span></b><span style="font-size: 7pt;"><o:p></o:p></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="mso-line-height-alt: 1.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Um belo dia abracei a religião cristã.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Para falar a verdade, eu não era bom naquilo. Religião não é pra mim, e por algum tempo fiquei me sentindo um completo fracasso. Alguns religiosos me condenaram (e ainda condenam) ao fogo eterno, mas com o tempo passei a ver meu fracasso religioso como uma tremenda benção.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Porque, quando perdi minha religião, encontrei uma linda revolução.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Isso talvez ofenda ou surpreenda você, mas Jesus não é o fundador da religião cristã. É verdade, séculos depois dele levantou-se uma religião chamada “cristã” – mas, como você vai descobrir neste livro, em muitos sentidos essa religião representava o oposto de tudo que Jesus representava. Na verdade, como você vai também descobrir neste livro, o próprio conceito de uma “religião cristã” tem muito de mito quando entendido à luz do que Jesus representava.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Porque a mensagem essencial de Jesus não tem nada a ver com ser religioso. Basta ler os evangelhos: ele festava com os maiores pecadores e ultrajava os religiosos, e por isso foi crucificado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">O que Jesus representava era o início de uma revolução, revolução à qual ele deu o nome de “reino de Deus”.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">O centro dessa revolução não é fazer com que as pessoas acreditem em determinadas crenças religiosas e adotem determinados comportamentos religiosos, embora essas coisas possam ser importantes, genuínas e úteis. Essa revolução também não está centrada na tentativa de consertar o mundo pela defesa das causas políticas “certas” e pela promoção das políticas nacionais “certas”, embora essas coisas possam ser nobres, bem-intencionadas e eficazes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Não: o reino de Deus estabelecido por Jesus está centrado em uma coisa e apenas nessa coisa: manifestar a beleza do caráter de Deus e, em conformidade com isso, revoltar-se contra tudo que é inconsistente com essa beleza. O reino está centrado na manifestação de uma beleza que revolta.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">O reino é, em resumo, uma linda revolução.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Tudo em Jesus manifestava esse reino belo e “revoltante”; podemos vê-lo de forma mais profunda quando que Jesus deixou-se crucificar. No Calvário Jesus exibe a beleza da decisão de Deus de sofrer pelos seus inimigos – em vez de usar seu poder onipotente para derrotá-los de forma violenta. No Calvário vemos também a revolta divina contra nossa escravidão à violência e tudo que nos mantém alienados de Deus e uns dos outros. O próprio diabo é confrontado e vencido pela cruz de Jesus Cristo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">A morte de Jesus resume o tema de sua vida inteira. Cada aspecto de sua vida, seu ensino e ministério colocava em exibição a beleza do reino de Deus e revoltava-se contra algum aspecto da cultura que contradizia esse reino.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">O chamado essencial de todos que entregam sua vida a Cristo é unir-se a essa linda revolução e, portanto, viver e amar</span><span style="font-size: 9.5pt;"> <i>dessa forma</i></span><span style="font-size: 9.5pt;">. “Quem diz viver nele”, afirma João, “deve viver como ele viveu” (1 João 2:6). Devemos manifestar a beleza de Deus amando sacrificialmente nossos inimigos, servindo os pobres, alimentando os famintos, libertando os oprimidos, acolhendo os excluídos, abraçando os maiores pecadores e curando os doentes, como Jesus fez. E não existe como fazer isso sem ao mesmo tempo nos revoltarmos contra tudo em nossa vida que nos mantém autocentrados, gananciosos e apáticos diante das necessidades dos outros. Também não há como fazer isso sem revoltar-se contra tudo na sociedade – e, como veremos, no âmbito espiritual – que mantém as pessoas oprimidas fisicamente, socialmente e espiritualmente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">Você então vê que o reino não tem nada a ver com religião – quer seja “cristã” ou não. Tem a ver com seguir o exemplo de Jesus, manifestando a beleza do reinado de Deus ao mesmo tempo em que nos revoltamos contra tudo que é feio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-size: 9.5pt;">É uma linda revolução a que somos todos convidados a aderir. Mas para fazer isso será preciso abrir mão da religião.<o:p></o:p></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 19.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right;"><b><span style="font-size: 7.5pt;"><a href="http://www.gregboyd.org/"><span lang="EN-US" style="text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;">Gregory A. Boyd</span></span></a></span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 7.5pt;"><br />
em</span><span lang="EN-US" style="font-size: 7.5pt;"> <i>The Myth of Christian Religion</i></span><span lang="EN-US" style="font-size: 7.5pt;"><br />
(O mito da religião cristã)</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-size: 9.5pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-35296355719475653072010-07-26T09:56:00.000-07:002010-07-26T09:56:57.384-07:00Crepúsculo das Eras"Examinai tudo, retende o bem".<br />
<br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/RepfGTFDUD4&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/RepfGTFDUD4&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-81531916140213433272010-07-20T05:10:00.000-07:002010-07-20T05:10:17.393-07:00Texto desconcertante de Cláudio Oliver!Por quê eu desisti de servir os pobres <br />
<br />
<br />
<br />
Quem me conhece e sabe de toda minha trajetória de vida deve achar no mínimo curioso o título acima. Minha família tem como referência central as figuras de meu avô e minha avó paternos que foram fundadores do Exército da Salvação no Brasil. Vidas dedicadas a mendigos, prostitutas, e de maneira especial aos orfãos, enfermos e renegados. Minha paixão adolescente se viu conquistada por lutas contra a pobreza, a fome e a injustiça e desde quando me casei, há 25 anos atrás, estive envolvido com servir em favelas, a estudantes pobres, populações carentes, mendigos, bairros periféricos, desempregados e pessoas sem renda. Tenho no currículo o fato de ter ajudado a gerar renda, facilitar a organização de famílias, feito pontes entre ricos e pobres, alimentado pessoas e dado a oportunidade de que outros descobrissem profissões, estudassem e transformassem seu futuro. “Empoderar” as pessoas, foi um dia um dos pontos chave de minha prática de não criar dependência. Depois de tudo isso, sou chamado a questionar toda a vida e a desistir de servir aos pobres.<br />
<br />
Ao longo da vida guardo o hábito de sempre perguntar se o que estou fazendo tem sentido, se diante de meu Senhor e Deus estou com meu coração alinhado à Sua vontade, se não estou errando o alvo. Sigo com disciplina a regra dos três “por quês”, que pergunta a cada resposta dada o tipo de pergunta que só as crianças sabem fazer e que me auxilia a gerar um vetor de mudança permanente, de auto-crítica e de realinhamentos pessoais. Assim, a cada etapa, ao fazer cada coisa pergunto: Por quê? E qualquer que seja a resposta, a ela de novo pergunto: Por quê? Me sinto no caminho quando aquilo que faço ultrapassar o terceiro por quê, e daí sigo adiante.<br />
<br />
Já faz algum tempo me pus a refletir sobre a vida de Jesus, sobre o princípio da Kenosis, ou esvaziamento, baseado no texto de Filipenses 2:1-11, sobre a encarnação de Jesus na realidade e sobre os inúmeros contatos e conversas dele com gente tão miserável como os leprosos e tão ricas como publicanos, chefes de sinagoga e príncipes de seu povo; com famílias da classe média, com proprietários e com servos e mendigos. Sobre o que ele via e como agia. E tudo isso foi crescendo e me fazendo pensar no texto de Mateus 5, de ele dizer aos pobres que mantivessem suas vidas no caminho e animados por serem pobres, por que deles era a possibilidade de terem a vida dirigida e controlada por Deus e perceberem Sua boa e perfeita vontade.<br />
<br />
Devagar, nos últimos anos, além da reflexão bíblica, tenho observado o quanto vários amigos extremamente sinceros vem e vão, se empolgam e começam a servir e logo se ocupam de volta com seus afazeres e preocupações. Vejo também com que freqüência alguns outros pagam para que alguém cumpra o serviço de Deus e fazem isso por tempos determinados e movidos da maior das sinceridades, ainda que de longe e sem envolvimento pessoal.<br />
<br />
De uma outra perspectiva observo o quanto a pobreza se entranha na vida dos pobres, e quanto esta somente revela muitas vezes seu desejo mal sucedido de possuir, de ter acesso ao consumo destruidor de tudo, de como sua situação se constrói pela sedução das mesmas coisas que seduzem e destroem os ricos. O mesmo individualismo, o mesmo egoísmo, a mesma tendência a sentir-se confortável e identificado com a posse das coisas. E a adesão inegociável a um estilo de vida e modo de pensar que os prende ao mito da necessidade moderna, ao desejo mítico de evoluir e à submissão ao mito do desenvolvimento.<br />
<br />
Igualmente a ricos, pobres e remediados, o mesmo convencimento de que o que precisam é de algo que o mercado, o dinheiro, o governo ou alguma agência pode lhes oferecer. Que serão felizes com a posse, com a pança cheia (uns com pão, outros com brioches) e com o fluir permanente do dinheiro que tudo pode e tudo resolve. E dentre estes, alguns bem intencionados estendem a mão para “incluir” outros no estilo de vida ou no patamar que alcançaram. À mão estendida de cima para baixo, chamamos serviço.<br />
<br />
Descobri ao longo dos anos que a própria posição de servir aos pobres, de compromisso com a libertação, estava cheia de superioridade, daquele tipo de superioridade que se traduz por dar ao outro o que eu tenho, uma vez que sutilmente assumo com meus atos que o que eu tenho ou faço era o que ele deveria ter ou fazer, uma tradução percebida na sutil arrogância das tais políticas de “inclusão”, sempre buscando colocar o outro dentro da caixa onde vivo, incluído no meu estilo de vida.<br />
<br />
Tudo isso foi me levando a desistir de servir os pobres. Ainda que nem de longe me alinhando com aqueles que a este ponto, do alto de sua riqueza, conforto e bem estar possam estar dizendo “ta vendo? É isso que eu sempre pensei.” Lamento informar a estes que nem de longe creio em seu estilo de vida separado do contato com o pobre, com o desvalido, o faminto, o nu, o feio, o mal cheiroso, o inculto e o bárbaro. Não me alinho com aqueles que pagam seus impostos ou contribuem para caridade dizendo assim estar cumprindo seu papel. Não é disso que falo. A estes continuo retransmitindo a mensagem de Jesus, confrontadora de seu estilo de vida cego, insensível e arrogante, uma mensagem que chama de loucura aquilo que estes chamam de segurança.<br />
<br />
Desisti de servir os pobres por outra razão.<br />
<br />
Desde 1993, quando saí para as ruas com um bando de meninos e meninas na direção das populações de rua, havia desenvolvido uma mística de, a cada saída nas noites frias de minha cidade, não ir encontrar mendigos, ou carentes. Sempre dizia aos garotos àquela época que eu nunca me disporia a servir pão a um mendigo, ou fazer-lhe a cama, ou vestir sua nudez. Nosso moto, naquele tempo, era “encontrando Jesus na pessoa do pobre mais pobre”. Servir, alimentar e vestir Jesus era nossa motivação, isso sim me animava. E descobrimos com aquelas saídas, que a cada encontro desse com um Jesus assim disfarçado, que os chamados miseráveis se transformavam em mestres, em denunciadores de nossa miséria pessoal, de desmascaradores de nossos mecanismos de manipulação e nos víamos, de repente, espelhados neles, usando as mesmas desculpas, mentiras e escaramuças para ter o que queríamos. Talvez com um pouco mais de sucesso, e certamente simplesmente com mais sorte social, e mecanismos de segurança. Mas descobrimos à época, que nós éramos eles.<br />
<br />
Aqueles que se descobriram assim, se libertaram, cresceram e mudaram. Confrontados por Jesus e ensinados por ele no contato com suas próprias pobrezas e misérias, descobrimos, muitos de nós, o que eram boas novas. Naquele tempo, e daquele tempo, muitos fomos transformados pelo toque de Jesus e pela boa nova que ele nos tinha a transmitir como pobres que nos descobrimos.<br />
<br />
No entanto, nem sempre esta mística foi mantida como chama acesa, voltei tantas vezes a servir aos pobres, a me deixar levar pela possibilidade de estar na posição de ajudador e fui me esquecendo muitas vezes de minha própria miséria.<br />
<br />
Como disse acima, ficar longe dos pobres e julgar suas atitudes e descaminhos do alto do conforto de minha posição social superior não é a alternativa que exponho aqui. Ajudar os pobres, conscientizá-los e incluí-los se mostra um mito, mais um daqueles nascidos no desenvolvimentismo dos últimos 60 anos. A alternativa que apresento é outra, traduzida no encontro, no reconhecimento e na identificação.<br />
<br />
Desisti de ajudar os pobres, de servi-los e de salva-los. E isso porque tenho re-descoberto uma verdade dura: a de que Jesus não tem nenhuma boa notícia para quem serve os pobres. Jesus não veio trazer boas notícias a quem serve os pobres, ele trouxe uma boa notícia aos pobres. Ele não tem nada a dizer a outros salvadores, a quem disputa com Ele o cargo de Messias, de Redentor. A agenda de Jesus só traz uma mensagem aos que se reconhecem pobres, nus, feridos, cansados, sobrecarregados, carentes e sem esperança. Aos demais, sua agenda tem pouco ou nada a oferecer<br />
<br />
A única maneira de permanecer com os pobres é se descobrimos que somos nós mesmos os miseráveis, é se reconhecemos a nós mesmos, ainda que bem disfarçados, naquele que está diante de nossos olhos. Ao encontrarmos neles nossa miséria, ao nos dar-mos conta de nossa carência, da desesperada necessidade de sermos salvos, ai nos encontramos com a agenda de Jesus.<br />
<br />
Deus não se apresenta em nossa capacidade de curar, mas em nossa necessidade de sermos curados. Descobrir esta nossa fraqueza nos coloca sem nada para oferecer, servir, doar, mas revela nossa necessidade de sermos amados, curados e restaurados.<br />
<br />
Por ai é que faz sentido que o poder que existe em nós não é o poder de nossas capacidades e riqueza, mas o poder residente em nossa miséria pessoal, tão bem escondida e disfarçada em nossas posses e estabilidade. Como diz Jean Vanier em um livro que li recentemente: “Somos chamados a descobrir que Deus pode trazer paz, compaixão e amor através de nossas feridas”<br />
<br />
Como passou a fazer sentido o texto que fala do Messias, e que diz: pelas suas pisaduras, fomos sarados. Os demais messias tendem a escapar do exemplo de Jesus de esvaziar-se a tal ponto de ser um de nós, de morrer conosco e de abrir assim a porta da ressurreição para nós.<br />
<br />
O poder que Jesus usou para nos curar e continuar curando não reside em seu acesso ao poder universal, mas em sua identificação conosco na cruz. Em se abrir em chagas e feridas, em se tornar um de nós, em viver nossa vida.<br />
<br />
Desisti de servir aos pobres. Estou voltando a encontrar os pobres e me encontrar neles. Voltei a descobrir a miséria que se esconde nas vidas bem montadas de nossa falsa segurança. E com isso posso entender o Jesus que fala com leprosos e com ricos homens de negócios, com cobradores de impostos em suas festas e com enfermos miseráveis. Em sua identificação com todos e cada um Ele via o que talvez mais ninguém via: a extrema miséria e pobreza da condição humana, independente de qualquer status ou roupagem social.<br />
<br />
Passei a reencontrar minha pobreza, a me ver em cada situação de miséria, e de me colocar em contato com minhas dores internas. Dali clamar por cura, libertação, comunidade e amor. Pedir misericórdia e ser restaurado.<br />
<br />
Quem serve, serve de cima, Jesus nos chama a encarnar a nos vermos no outro e a nos colocarmos por baixo. A deixar de confiar em nossa capacidade e mudar o rumo para irmos ao encontro de nossas feridas e dores. De lá descobrir o poder que existe em sermos menos e não mais.<br />
<br />
Desisti de servir aos pobres. Voltei a descobrir minha pobreza. E com ela posso clamar: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim”.<br />
<br />
Texto escrito pelo autor no blog Na Rua com Deus e dica do Paulo Brabo do blog Bacia das AlmasRodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-90145084608075045762010-07-15T14:16:00.000-07:002010-07-15T14:16:50.890-07:00"Casamento" HomossexualOntem, o senado argentino aprovou o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, sendo nossos irmãos os primeiros na América latina a aprovar esta união. Diante desta nova realidade, qual deve ser a postura da igreja de Cristo?<br />
<br />
Temos que reconhecer que os homossexuais são cidadãos como outros quaisquer e, por isso, sujeitos de direitos e de deveres dentro de nossa sociedade. É inconcebível que pessoas que se dizem seguidores de Cristo concordem com ações que venham aviltar a dignidade de qualquer ser humano. Devemos tratar esta situação pelo parâmetro do amor – que não implica concordar com tal prática. <br />
<br />
Sinceramente, não estou preocupado se o Brasil vai ou não vai aprovar a união homossexual, pois é mais uma lei, entre tantas, que contraria as boas novas de Cristo. Aliás, é provável que todo o nosso ordenamento jurídico tenha em seu bojo o espírito do deus deste século. O que me preocupa é perceber que os homossexuais estão indo além da busca dos seus direitos. Eles querem silenciar as vozes dissonantes, rotulando qualquer um que ouse discordar da sua visão de mundo. Ou seja, se você discorda, logo você é fundamentalista, conservador, ignorante, retrógrado... Resumindo: religioso. Não querem somente o reconhecimento de seus direitos como qualquer outro cidadão. Exigem direitos que nenhuma outra parcela da sociedade tem - o de que ninguém discorde das suas posições. <br />
<br />
A igreja se levanta contra o homossexualismo, assim como deve se levantar contra a prostituição, o adultério, a mentira etc. Todavia deve acolher o homossexual, o prostituto e a prostituta, o adúltero e a adúltera, o mentiroso e a mentirosa. A igreja deve ser um lugar de inclusão em amor e santidade. Primeiro ame, depois faça o que quiseres.<br />
<br />
Creio que foi Voltaire quem disse: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. É esse princípio tão importante para o nosso estado de direito, que não concordo vê-lo sepultado. Nem pelos religiosos, nem pelos homossexuais.Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-15785094424487387682010-07-14T13:37:00.000-07:002010-07-14T13:37:04.205-07:00Texto de Elienail Cabral Junior - de tirar o fôlego!O FIM DOS SERMÕES<br />
<br />
<br />
13/07/2010 in Em prosa e verso <br />
Há um limite para a convivência das expectativas da multidão e a linguagem lúdica de um sonhador. Pode se manter muita gente por perto, bastante tempo, contando histórias. Respondendo com novas e escorregadias perguntas, distraindo com meias palavras, usando as mesmas figuras para indicar outras imagens. O Reino de Deus, invisível. Fermento para o bolo. Um grão de mostarda. A luz no candeeiro. O sal. Um casamento surpreendente. Outra coisa com as mesmas palavras. Parábolas que postergam os julgamentos, que iludem a ilusão (Kierkegaard).<br />
Mas há um ponto de fervura em toda esperança adiada. Um prazo estreito para o encantamento popular, quando a violência adormecida de todos acorda. Parece que é o que está acontecendo. Ninguém pede mais sinais. Nenhuma nova pergunta é feita e sequer mais uma história é tolerada. Antes, cercado por demandas, agora, rodeado por suspeitas.<br />
Se o apetite por poder não é saciado, aquele que a todos distraiu, de quem nunca se deixou de esperar a mais vulgar e velada satisfação, deve ser consumido nas aspirações desapontadas da turba. Se Jesus não é o Cristo que se reivindica, Barrabás.<br />
Um ídolo não tem o direito de não ser.<br />
Não dá para não trair alguém que tinha tudo para ser o que todos esperavam. Não dá para não repudiar aquele com quem se decepcionou nas mais doces fantasias. Não dá para não condenar aquele que não consentiu com mais uma ilusão.<br />
Um ídolo não tem o direito de se mover.<br />
Todo líder é constituído em um jogo erótico. E toda intriga é uma pornografia. Ninguém toca no assunto, mas todos esperam secretamente que ele seja o que ninguém consegue ser. Este é o segredo que excita os ajuntamentos. Mas, se alguém acende a luz e frustra o fetiche coletivo, retomam-se as sombras, agora para destruir. Odeia-se quem não se deixou amar com máscara. Este é o segredo que perpetua as taras para os próximos ajuntamentos.<br />
Por isso o insinuante beijo de Judas virá. Estalará como um tapa, cheio de um estranho sadismo. A primeira e mais ardida bofetada que o Filho do homem terá recebido.<br />
As palavras de Jesus estão gastas. O prazo se esgotou. Tudo o que diz, desde então nada fala. As multidões atraídas por ele, agora o repelem. Resta o lugar de poucos, o espaço dos amigos. Quem sabe? Jesus se faz anfitrião e põe a mesa. Oferece pão, ainda que ninguém aparente chegar à saciedade. Enche as taças, que insistem em parecer vazias. Cheios estão os corações, mas de diabos. Sente-se sozinho também em casa.<br />
O limite das palavras é um convite para os gestos de amor.<br />
As palavras, amordaçadas, descobrem que o amor se expressa a despeito delas. Silenciosamente, Jesus encena o último sermão antes da cruz. Despe-se da capa para ocupar o lugar discretíssimo do servo. O mestre lava os pés dos discípulos. As mãos de um Deus calado conversam com os pés trôpegos da humanidade.<br />
Nunca se olhou tanto para baixo como no dia em que Deus ficou de cócoras. Quem quisesse olhar para o céu a procura de Deus teria que vê-lo refletido nas águas turvas da bacia sobre o chão. E os pés sujos e vacilantes da humanidade, finalmente, imersos no céu gracioso de Deus.<br />
Por um instante, vendo-o prostrado, alguém entre os discípulos, muito constrangido, se lembrou do que ouviu do próprio Jesus. Que um diabo, em um deserto, tentou fazê-lo se prostrar por poder e fama e ele recusou. Assustado, chegou a pensar: não se prostrou diante da fama para ser ouvido, mas se curvou diante de pessoas para amar… E teve medo do futuro. Do que teria que fazer com todos os seus planos.<br />
<br />
<br />
Elienai Cabral Junior<br />
<br />
Não deixe de visitar seu sítio: <a href="http://elienaijr.wordpress.com/">http://elienaijr.wordpress.com/</a>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-12807311682540499982010-07-11T10:00:00.000-07:002010-07-12T06:18:04.292-07:00Igreja e EstadoÀs vezes quero acreditar que a história é cíclica, isto é, de tempos em tempos os fatos se repetem numa cadeia sem fim. Isto, ou continuamos a repetir os mesmos erros de sempre – teimamos em não aprender com o passado.<br />
<br />
A história nos mostra o quanto foi danoso para o evangelho, quando através de Constantino o cristianismo se confundiu com o Estado, aliás, o cristianismo surge neste exato momento. A partir daí as boas novas do reino foram sendo usadas para perpetuação de sistemas que em nada condiziam com o verdadeiro reino de Deus inaugurado por seu Filho. <br />
<br />
Digo isto porque a nota comum hoje no meio dos “cristãos” é que não podemos estar deitados em berço esplêndido, enquanto desperdiçamos o potencial eleitoral que temos, votando em candidatos não-cristãos. Candidatos estes que querem aprovar leis que irão trazer uma nova onda de perseguição aos cristãos e jogá-los novamente às feras.Ou, pior ainda, obrigar-nos a aceitar casamento de homossexuais.<br />
<br />
No entanto, o que temos visto são esses defensores dos valores e da moral cristã serem contados entre tantos que eternizam práticas desonestas com o que é público, quando não, são omissos no enfrentamento às políticas que favorecem meia dúzia de protegidos, que oprimem o pobre, roubando-lhe um futuro digno, que exterminam vidas sem pegar em uma arma de fogo. É assim que pretendem criar uma república tupiniquim cristianizada para então concretizarem o reino de Deus aqui nos trópicos. Diante de cenários como este, tem razão quem diz que toda ideologia nasce como um movimento, depois se transforma num comércio e por fim vira uma quadrilha. <br />
<br />
A história é linear. E é por isso que somos responsáveis pela transformação de toda estrutura social comprometida com tais práticas. Seja na associação de moradores, no sindicato de trabalhadores, nas organizações empresariais, e - pasmem todos – na política. Isso na política! Mas política que vise o bem comum, que resgate a dignidade do homem, que nos torne gente. Religião e Política, sim. Igreja e Estado, não!Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-80167390155343904952010-07-08T07:48:00.000-07:002010-07-10T22:41:04.221-07:00deus do Gozo28/06/2010<br />
<br />
"A possibilidade de nos satisfazermos sexualmente era o que mais desejávamos. E, sendo jovens, além de revolucionários, não conseguíamos avaliar o lado negativo do nosso culto ao Deus gozo"<br />
Lembro sem saudade de maio de 68 que Paris exportava e nós, paulistas, secundávamos na Universidade de São Paulo - mais precisamente na Rua Maria Antônia, onde tomamos as salas de aula para os nossos propósitos libertários e o sexo rolava solto. Aquele maio não foi só uma festa, foi também o tempo do aborto clandestino e da doença venérea que o ginecologista diagnosticava dando graças aos céus que a penicilina existia: "Comece a tomar imediatamente".<br />
Nós endeusávamos o gozo, como os hebreus endeusavam o bezerro de ouro. Éramos contrários ao materialismo, mas servos do sexo e do êxtase que ele nos propiciava. Sem saber, confundíamos o apego ao gozo com a liberdade. Não sabíamos nem queríamos saber. já que, depois de séculos de repressão. a liberação sexual era urgente. Nós éramos "revolucionários". e nenhuma consideração contrária aos nossos propósitos nos interessava<br />
A possibilidade de nos satisfazermos sexualmente como bem entendêssemos era o que mais desejávamos. E, sendo jovens. além de revolucionários, não estávamos em condições de avaliar o lado negativo do nosso culto ao Deus gozo. que nem a AIDS conseguiu abalar. Raros foram os que adotaram logo as medidas preventivas recomendadas e muitos os que fizeram pouco delas -inclusive médicos e psicanalistas. Testemunhei o descaso com horror.<br />
O sexo não é inócuo. Não é propriamente um cordeirinho do bom pastor, e a liberdade conquistada nos anos 60 impõe o "não" ao outro e a si mesmo. Quer dizer, para que a sexualidade não seja uma negação da vida. a liberdade impõe a contenção. Quando não há mais proibição externa, cabe a cada um colocar o limite para o outro e para si. Não é fácil porque não somos educados para nos conter. Pelo contrário, a sociedade em que vivemos incita à desmesura. O que é o problema da obesidade, a que estamos cada vez mais expostos, senão uma doença da sociedade de consumo? Nos Estados Unidos, ela é hoje uma questão social grave.<br />
O controle da pulsão a gente aprende na infância. A propósito disso. Montaigne escreveu nos Ensaios: "(...) os nossos maiores vícios se originam na mais tenra infância e a orientação do nosso caráter está principalmente nas mãos da babá. As mães consideram um passatempo ver a criança (...) ferir, brincando, um gato ou um cachorro. Certos pais são tolos a ponto de considerar que o fato de o filho bater (...) num criado é o feliz sinal anunciador de uma alma marcial e que enganar o companheiro, sendo maldoso e desleal, é um sinal de inteligência". Ou seja, a EDUCAÇÃO SEXUAL começa bem antes de a sexualidade despontar e a valorização do descontrole da criança é um crime. Os pais podem inclusive ser responsabilizados pelo apego desmesurado do filho ao gozo, cujas consequências são sempre danosas e, às vezes. letais.<br />
<br />
A psicanalista e escritora Betty Milan assina a coluna Consultório Sentimental em VEIA.com. uma vez por mês, ela publica em VEJA um artigo especialmente escrito para a revista impressa.<br />
<br />
28/06/2010Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3092739919283991915.post-59697089354177726932010-07-07T12:48:00.000-07:002010-07-10T22:39:19.560-07:00<div style="text-align: justify;">Resolvo hoje aventurar-me neste admirável mundo, já não tão novo, na tentativa de partilhar minhas inquietações com relação a vida. Não adjetivo a vida - como cristã -, pois comungo da crença que não existe <em>vida cristã</em>, mas tão somente <em>vida.</em></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos anos tenho repensado minha caminhada como ser humano neste mundo dos viventes. Há em mim um inconformismo diante de alguns paradoxos entre fatos da vida e crenças herdadas.Por isso procuro uma espiritualidade que seja compatível com o modo de vida de Jesus.</div><div style="text-align: justify;">Luto diariamente contra as amarras da religião que durante muito tempo foi minha segunda pele.Sei quanto posso ser levado e influenciado pelas lisonjas da religiosidade. Se tem um inimigo com o qual não posso descuidar, sou eu mesmo.</div><div style="text-align: justify;">Estou convicto que para viver, tenho que sempre está me auto examinando tendo como alvo a vida de meu Senhor Jesus Cristo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Rodrigo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/07627141829040706550noreply@blogger.com2