quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Casamento" Homossexual

Ontem, o senado argentino aprovou o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, sendo nossos irmãos os primeiros na América latina a aprovar esta união. Diante desta nova realidade, qual deve ser a postura da igreja de Cristo?

Temos que reconhecer que os homossexuais são cidadãos como outros quaisquer e, por isso, sujeitos de direitos e de deveres dentro de nossa sociedade. É inconcebível que pessoas que se dizem seguidores de Cristo concordem com ações que venham aviltar a dignidade de qualquer ser humano. Devemos tratar esta situação pelo parâmetro do amor – que não implica concordar com tal prática.

Sinceramente, não estou preocupado se o Brasil vai ou não vai aprovar a união homossexual, pois é mais uma lei, entre tantas, que contraria as boas novas de Cristo. Aliás, é provável que todo o nosso ordenamento jurídico tenha em seu bojo o espírito do deus deste século. O que me preocupa é perceber que os homossexuais estão indo além da busca dos seus direitos. Eles querem silenciar as vozes dissonantes, rotulando qualquer um que ouse discordar da sua visão de mundo. Ou seja, se você discorda, logo você é fundamentalista, conservador, ignorante, retrógrado... Resumindo: religioso. Não querem somente o reconhecimento de seus direitos como qualquer outro cidadão. Exigem direitos que nenhuma outra parcela da sociedade tem - o de que ninguém discorde das suas posições.

A igreja se levanta contra o homossexualismo, assim como deve se levantar contra a prostituição, o adultério, a mentira etc. Todavia deve acolher o homossexual, o prostituto e a prostituta, o adúltero e a adúltera, o mentiroso e a mentirosa. A igreja deve ser um lugar de inclusão em amor e santidade. Primeiro ame, depois faça o que quiseres.

Creio que foi Voltaire quem disse: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. É esse princípio tão importante para o nosso estado de direito, que não concordo vê-lo sepultado. Nem pelos religiosos, nem pelos homossexuais.

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